segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Profª Esmeralda Milano Maroni

Nascimento: 12 de novembro de 1899
Em São Paulo – Capital
Filiação: Francisco Milano e Maria Theresa Di Napoli Milano

Estudou na gloriosa Escola Caetano de Campos, da Praça da República em São Paulo,
em uma época em que poucas mulheres ainda pensavam em ter uma profissão. Foi
uma estudante pobre que caminhava  quilômetros de sua casa à escola por não ter
dinheiro para pagar bonde. Formou-se professora primária e colou grau no dia 24
de novembro de 1917. E veio então para Birigui, nomeada que fora para a Escola
Rural do Bairro Baixotes.

Das agruras porque passou, morando em casa de chão batido, sem luz elétrica, andando   
a cavalo, ensinando os filhos dos colonos, levando as luzes do seu conhecimento ao
pessoal que trabalhava na terra, podemos fazer uma ideia. Só mesmo sua vontade
inquebrantável e sua determinação de ferro a impediram de abandonar tudo e voltar
para o conforto da cidade grande. Aqui ficou até morrer.
Dia 22 de janeiro de 1925 foi nomeada para o Primeiro Grupo Escolar de Birigui, atual
Roberto Clark, oriundo das Escolas Reunidas. De 11 de setembro de 1939 a 31 de janeiro
de 1943 foi diretora desse estabelecimento de ensino e depois dessa data passou a ser
Auxiliar do Diretor até sua aposentadoria ocorrida em 1952.

Foram anos e anos de trabalho firme em prol da educação da crianças birigüienses. Sua
ficha profissional é quase inverossímil: nenhuma falta  em todos os anos que trabalhou
no Grupo Escolar; apenas seis licenças de gestante referentes aos nascimentos de seus
seis filhos: Oscar, Dirceu, Hebe, Eulo, Celso Francisco e Vasco, todos birigüienses, com
exceção de Dirceu.
Muitos de seus ex-alunos ainda vivem na cidade e podem testemunhar a firmeza de seus
desempenhos como educadora, sua intransigência de princípios que se referia ao trabalho e ao dever. Mil escolas que levassem seu nome seria insuficiente para homenagear alguém
que, como ela, levava diariamente pilhas de cadernos de alunos para serem corrigidos em casa, alguém que riscava e a mesma incontáveis toalhas e trabalhos a serem bordados sob
sua orientação por suas alunas. Naquele tempo não se faziam greves por aumento de salário,naquele tempo nunca se ouviu Esmeralda Milano se queixar do salário que recebia.
ensinar era o seu sacerdócio e ela não era comerciante e professora era a sua profissão.
Felizmente seu valor foi reconhecido ainda em vida, quando por ocasião dos festejos do
Cinqüentenário da Cidade, foi homenageada como “ A Professora do Cinqüentenário”.
                         
Casada com Francisco Maroni desde o dia 27 de julho de 1921, educou com raro zelo seus
seis filhos; porém, nunca deixou de participar da vida de nossa comunidade, emprestando
sua inteligência e sua extraordinária capacidade de trabalho a muitas campanhas e empreendimentos em Birigui realizados. Durante a guerra foi Secretária da Legião Brasileira de Assistência. Recebeu da Câmara Municipal o título da cidadã Birigüiense.
Quando as mulheres pouco se dedicavam à política, foi eleita vereadora, cargo que exerceu de 1952 a 1955.

Em 1955 foi eleita Presidente da Câmara e nessa ocasião, por vacância do Prefeito e do Vice-Prefeito exerceu interinamente o cargo de Executivo Municipal.
Sua vida como mulher, mãe e principalmente mestra é um lindo exemplo de dedicação e
amor ao trabalho: que sua vida profissional seja um exemplo em que se possam mirar as professoras de Birigui, pois Esmeralda Milano Maroni sempre soube honrar o nome de educadora.

Esmeralda faleceu no dia Primeiro de dezembro de 1987, deixando 25 netos e 30 bisnetos.

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